domingo, 6 de março de 2011

Pós-escândalo, o desfile de John Galliano foi contido

John Galliano está em baixa. Foi demitido da Dior depois de agredir verbalmente um casal usando discurso antissemita e está, muito possivelmente neste momento, em uma clínica de reabilitação.


Mas nem por isso o seu desfile cancelado na semana de moda de Paris deixou de acontecer. Ele ocorreu em versão míni, na tarde deste domingo (06), em apresentação para poucos no número 34 da Avenue Foch, endereço chiquérrimo em Paris, onde geralmente acontecem os desfiles da Miu Miu.

Foi o próprio Sidney Toledano, CEO da Dior, quem recebeu os presentes. Ele é também o dono da marca própria de Galliano. A pergunta era: Toledano vai extinguir a marca, demitir Galliano ou manter tudo como está? Ainda não se sabe.
Em nove minutos, pouco para os padrões parisienses, cerca de 20 looks foram mostrados. A primeira série trazia tailleurs, e a segunda, longos estampados e com transparência.

Tudo com jeito de anos 40 e muito bem feito. A exceção foi a noiva que fechou o desfile, com ares de inacabada. Seria proposital?
Ficou nítida a falta da dramaticidade típica de Galliano – incluindo sua entrada final – e também a forma como essa ausência afeta o show, diminuindo os níveis de emoção.
O quórum foi alto para os pouco mais de 30 veículos da imprensa especializada convidados. Diante do constrangimento da situação, o clima era contido, sério. Ninguém quis se pronunciar antes, durante ou depois do minidesfile.

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